Fazendo um Planejamento Previdenciário

O Prev simula automaticamente cenários de Planejamento Previdenciário em situações em que o cliente não atingiu os requisitos mínimos para o benefício e ainda é possível contribuir para o futuro. Casos em que a pessoa contribuiu pela primeira vez após a Reforma da Previdência ou está numa das suas regras de transição, por exemplo.


Não é preciso fazer nada para isso, o sistema faz essas simulações automaticamente em qualquer situação. Não é preciso configurar nada nem inserir nenhuma informação especial no cálculo, basta mandar calcular.


Planejamento previdenciário no Previdenciarista


Verificando que na Data do Cálculo o segurado não cumpre os requisitos, o sistema vai:

  • Verificar quando o "pior" requisito será cumprido (idade, tempo, pontos, etc) e fixar essa data;
  • Efetuar 3 simulações até essa data, usando:
    • contribuições iguais ao salário mínimo na data do cálculo;
    • contribuições iguais à média das últimas 36 contribuições do segurado;
    • contribuições iguais ao teto previdenciário na data do cálculo.
  • Recalcular o benefício com base nessas simulações e apresentar o resultado.

Com isso o advogado terá balizadores em 3 cenários diferentes. Se o cliente contribuir com o mínimo possível no futuro, com o máximo possível no futuro, ou se seguir fazendo o que já faz atualmente.


Os valores de salário de benefício e renda mensal inicial serão retornados em valores atuais, sem correção monetária futura.

Resolvemos fazer dessa forma no momento porque o cenário econômico do Brasil historicamente sempre foi muito incerto. Não é possível afirmar:

  • Quanto será a inflação daqui 3 anos;
  • De quanto será o salário mínimo em 2028;
  • Qual será o teto em 2027;
  • Quais serão as regras da aposentadoria por tempo de contribuição em 2029;
  • Se as regras de atualização dos benefícios permanecerão as mesmas em 2026;
  • E assim por diante.

Por isso preferimos usar o valor presente.


Por que usamos valor presente na RMI do planejamento?

Qualquer planejamento previdenciário é uma ideia, uma expectativa futura baseada nas regras previdenciárias atuais. Portanto preferimos entregar ao segurado uma expectativa baseada em valores atuais.


A ideia, grosso modo, é: se com esse valor de RMI hoje eu compraria aproximadamente 3,9 cestas básicas; a ideia é que em 2028 eu compre a mesma quantidade de cestas básicas nessa data.


Qualquer outro cálculo que tente apresentar e prometer valores futuros corrigindo por uma inflação arbitrária (4% a.a., 6% a.a., 5% a.a., etc) estará errado.

No Brasil entre agosto de 2016 e agosto de 2020, em 4 anos, a Selic foi de 14,25% a.a. para 2% a.a. e entre agosto de 2020 e junho de 2023, pouco menos de 3 anos, voltou a 13,75%. (Fonte)

Qualquer tentativa de fixar um valor certo de RMI futura baseado em cálculos de inflação, juros, correção e regras futuras da Previdência Social é mera arbitrariedade de quem está calculando e exercício de futurologia. A volatilidade econômica (e política/regulatória) do país é muito alta para previsões.


Por que usamos balizadores de salário mínimo, teto e média e não um valor definido pelo usuário?

Percebemos que boa parte dos escritórios no Brasil entrega ao cliente uma expectativa de quando seu cliente poderá se aposentar.

Essa data de previsão o Prev já faz desde mais ou menos 2020, foi um dos primeiros sistemas a apresentar a data de cumprimento do maior requisito.


Com a crescente demanda por planejamentos, veio a necessidade de apresentar também um valor (ver tópico anterior sobre valor presente).

Percebemos também que boa parte dos escritórios costuma informar ao cliente: "olha, se continuar contribuindo, vai se aposentar em tal data". Portanto mais importante que dizer o valor da contribuição, é sugerir ao cliente que não pare de contribuir/trabalhar para não jogar essa data ainda mais para frente.

Uma vez que o planejamento é uma expectativa, vimos que muitos escritórios calculam exatamente o que estamos fazendo aqui, dando uma expectativa de "vai ser entre X e Y". E o mínimo e o máximo aqui necessariamente são o salário mínimo e o teto vigentes.

Sendo o mais provável o critério de média. Afinal, embora aconteça, é difícil mudanças radicais na vida da maioria das pessoas que eleve ou diminua drasticamente as suas contribuições.


Isso significa que a pessoa vai se aposentar na data especificada com esse valor de compra? Não.


Seu cliente pode parar de contribuir, pode perder o emprego, a empresa pode quebrar... O real pode se desvalorizar, os salários podem perder poder de compra... E assim por diante.

É importante lembrar que muitos planejamentos serão feitos para um cenário de 10 anos no futuro. Em menos que isso a Selic teve uma volatilidade gigante entre 2016 e 2023.


Pessoas que estão começando a trabalhar agora querem planejar sua aposentadoria para 30 anos no futuro. Hoje, em 2024, nossa moeda acabou de fazer 30 anos e é a moeda mais longeva da história do país.


Como devo encarar o planejamento previdenciário do Prev?

Como uma ideia.

Nenhum planejamento previdenciário é uma expectativa de direito, uma garantia de recebimento de valor ou uma previsibilidade de renda.

O mais importante aqui são as datas.

O tempo é implacável e passa da mesma forma para todos em qualquer lugar do mundo e em qualquer tempo da história. Portanto se seu cliente tem X anos hoje, terá Y anos em 2035. Se seguir contribuindo todos os meses, terá X contribuições na data.


Futuro do planejamento previdenciário

Já estamos desenvolvendo outras opções de planejamento e ferramentas para dar mais controle sobre os cálculos, mas nenhum desses itens comentados nesse texto deve mudar independente da ferramenta que lançamos.

Esse artigo respondeu sua dúvida? Obrigado pelo feedback! Houve um problema ao enviar seu feedback, tente novamente.

Ainda precisa de ajuda? Entre em contato Entre em contato